sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Danças Circulares Sagradas



Danças Circulares: um pouco de história
As Danças Circulares Sagradas nasceu na década de 50 com o coreógrafo, bailarino clássico, pedagogo e pintor alemão/polonês Bernhard Wosien (1908-1986). Aos 60 anos, ele conseguiu achar um significado maior para a arte da dança, enquanto percorria o mundo resgatando as danças de diferentes povos. Constatou o bem que faziam aos participantes, criando um ambiente de bem estar, confiança e comunhão entre eles. Começou, então, a pesquisar e estudá-las, coletando aproximadamente 12 delas, todas retiradas do folclore de determinados países.
Em 1976, a convite de um amigo, Peter Caddy, ele visitou a Comunidade de Findhorn, no norte da Escócia, e começou ensinar as danças de roda que tinha resgatado para os residentes.
Hoje em dia, essa comunidade é uma referência em Danças Circulares, onde além de viverem um modo de vida comunitário, tem um extenso programa de cursos voltados para o desenvolvimento humano.

A partir de Findhorn, essas danças  espalharam-se pelo mundo afora, assumindo novas formas e características, sendo que  outras centenas de danças foram incorporadas à Danças Circulares.

As danças circulares trazem a tradição de diferentes povos, tais como, da Grécia, Hungria, Israel, Russia, Romênia, Iugoslávia, Celtas, América do Sul, Brasil, entre outros. Era por intermédio da dança que essa comunidade se reunia e celebrava seus momentos mais importantes: o plantio, a colheita, o casamento, os nascimentos e funerais. Ao praticarmos essas danças, resgatamos sua cultura, reconhecendo seus valores e crenças.
Sua formação circular expressa um significado especial, pois o círculo é uma das imagens mais poderosas e primordias da humanidade: representa a totalidade completa.


                 “Em uma estrutura circular, todos os pontos giram em torno de um centro e estão à mesma distância dele, fato que confere a esse simbolo qualidades de igualdade e unidade. Da mesma forma, dançar em círculo nivela todos os individuos, eliminando a hierarquia e permitindo que, através do olhar, todos se reconheçam como participantes igualmente valiosos nessa configuração.” (Ana Lucia Borges da Costa – página 23 – Livro Danças Circulares Sagradas, uma proposta de educação e cura)

A palavra “sagrada”, vem do latim “sacratus” e é relativo à religião e ao culto. Outra definição é também venerável e respeitável (Dicionário de lingua portuguesa, Larrouse – Ed. Atica). O sagrado no sentido religioso no circulo nasce a partir do momento que cada um entra em contato com sua essência e conecta-se com a essência do outro e essa comunhão se expande a todos os seres. O sagrado no sentido de venerável e respeitável, é quando nos abrimos  e respeitamos a diversidade cultural existente em cada dança folclórica. A união dos dois sentidos é que faz a Dança Circular Sagrada uma prática tão intensa e enriquecedora.
De acordo com Nelize Schoenmaker, focalizadora de danças circulares, um dos maiores benefícios da Dança Circular é a pessoa experienciar a alegria, a unidade e a cooperação, além de perceber e respeitar o espaço pessoal e do outro, de adaptar-se a ritmos, melodias e estilos diversos, aprendendo a respeitar a diversidade e inclusão do diferente.
O mais importante na Dança Circular não é a técnica, mas o sentimento de integrar-se ao grupo,  que se instala a partir do momento em que todos de mãos dadas, apóiam e auxiliam, uns aos outros, promovendo melhoras no relacionamento social. Sendo assim, ela é indicada para pessoas de todas a idades, pois aprimora a consciência corporal, acalma o emocional, trabalhando a concentração e memória.

DANÇAS CIRCULARES NO BRASIL
Foi Sara Marriot, que morou em Findhorn, quem trouxe as Danças Circulares para o Brasil, na década de 80, para o Centro de Vivências de Nazeré Paulista, interior de São Paulo. Essa comunidade foi inspirada em Findhorn, onde mantém pratica de trabalho e sintonia grupal e as danças encontraram terreno fértil para crescer e florescer.

No Brasil, podemos encontrar as danças folclóricas indigenas e as brincadeiras de roda cantadas. Atualmente é grande o numero de pessoas empenhadas em resgatar tais danças, com o intuito de introduzir isso no universo infantil, colocando tanto musicas do nosso repertório antigo como o atual. (www.semeiadanca.com.br)

As Danças Circulares estão presente nas principais capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis e Belem, além do interior. “Basta querer compartilhar da alegria de se dar as mãos na roda, com disponibilidade para ser mais um elo que dá, recebe e contribui para a criação grupal, com seu modo unico e original de ser.” (site www.semeiadanca.com.br).

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