terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Arranjo Educativo Local reúne conselho de especialistas

Desenvolvimento Local - 13/11/2009
José Pacheco, Ladislau Dowbor, Tião Rocha, Nilton Lessa, Luiz Fernando Guggenber, Luis de Campos Junior e Augusto de Franco são os especialistas que acompanharam o AEL
Grandes nomes da educação e do desenvolvimento local, de notoriedade no Brasil e destaque no mundo, estiveram em Curitiba nesta sexta-feira (13), para a primeira reunião do Conselho de Especialistas do Arranjo Educativo Local (AEL). Iniciado neste ano pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), o AEL é um projeto inovador, que articula a comunidade para a promoção do desenvolvimento sustentável local, por meio da organização e disseminação do conhecimento que a própria comunidade detém. A articulação do projeto é feita pelo Sesi e pelo Senai do Paraná. A primeira experiência já está em andamento em Campo Largo, na Região Metropolitana. A segunda começa a ser implantada no bairro Portão, em Curitiba.
José Pacheco, Ladislau Dowbor, Tião Rocha, Nilton Lessa, Luiz Fernando Guggenber, Luis de Campos Junior e Augusto de Franco, reconhecidos pela presença em projetos de novos modelos de educação ou experiências inovadoras de desenvolvimento local, foram convidados pelo Sistema Fiep para compor o Conselho de Especialistas do AEL. A moderação do Conselho é do diretor-superintendente do Sesi Paraná, José Antônio Fares. Os conselheiros vão acompanhar o Arranjo Educativo Local e repassar conhecimentos que venham a aprimorar o processo.
clique para ampliar Tião Rochaé fundador do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (Foto: Gilson Abreu)
O antropólogo e educador popular, Tião Rocha, acredita ser possível a comunidade conquistar sua autonomia. Fundador do Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (CPCD), uma organização governamental sem fins lucrativos que visa a promoção da educação popular e do desenvolvimento comunitário a partir da cultura, Rocha afirma que sua experiência mostra que quanto maior for o entendimento da comunidade de que ela pode caminhar com as próprias pernas, maior o processo de empoderamento no qual os indivíduos tomam consciência de sua competência para produzir, criar e administrar.
"O Arranjo Educativo Local traz essa bandeira da transformação social e isso é um rompimento de paradigma, mostrando que somos fazedores de políticas públicas sem sermos governamentais". Para ele, quando instituições como o Sesi e o Senai resolvem propor uma iniciativa como essa é porque realmente se faz necessário.
clique para ampliar Ladislau Dowbor ressalta a disseminação do conhecimento (Foto: Gilson Abreu)
Outro conselheiro do AEL, o professor titular no departamento de pós-graduação da PUC-SP nas áreas de economia Ladislau Dowbor, destaca uma das premissas do projeto referente à disseminação do conhecimento. "Nós estamos na sociedade do conhecimento, e isso envolve uma escola menos lecionadora e muito mais articuladora", considera. "É preciso articular os diversos espaços do conhecimento e a escola é apenas um vetor para isso. Nesse sentido, o conceito de Arranjo Educativo Local vem complementar de maneira extremamente rica o arranjo produtivo local tradicional", avalia Dowbor.
Os estudiosos têm interesse em participar de um projeto focado nas suas áreas de saber - a educação e o desenvolvimento local. Ao mesmo tempo, a participação dos especialistas vai contribuir para consolidar o Arranjo Educativo Local como experiência inovadora e realmente transformadora da realidade local.

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