Observação importante: A metodologia do CAV poderá ser usada em
qualquer atividade vivencial, além dos jogos de empresa.
FASES:
1 - VIVÊNCIA
2 - RELATO
3 - PROCESSAMENTO
4 - GENERALIZAÇÃO
5 – APLICAÇÃO
COMO APRENDEMOS USANDO ESTA METODOLOGIA?
O CAV permite harmonizar as funções dos dois hemisférios
cerebrais: o esquerdo, responsável pelas nossas ações racionais e o direito,
responsável por nossas ações criativas e espontâneas. Quando crianças,
aprendemos muitas coisas brincando.
O praticar e o realizar solidificam a aprendizagem. Quando usamos o
CAV – Ciclo da Aprendizagem Vivencial, estimulamos a ação integrada, ora
orientando as funções do hemisfério esquerdo, ora as do direito. 5
ESTRATÉGIAS DE APLICAÇÃO DO CAV
I - VIVÊNCIA: é a atividade propriamente dita.
• Variar os jogos
• Cuidar para que reproduzam a realidade a ser trabalhada
• Verificar se há tempo para seu processamento
• Adequar ao objetivo pretendido e à clientela
• Realizar um laboratório caso o jogo seja desconhecido.
• Planejar a aplicação incluindo todas as fases do CAV.
• Preparar materiais com antecedência.
• Pesquisar conceitos e conteúdos sobre o tema central.
• Preparar slides ou pequenos textos para fechar a atividade.
II - RELATO: é o momento onde o profissional sonda o clima de trabalho
durante o jogo, oferecendo espaços para as pessoas falarem sobre seus
sentimentos.
É importante trabalhar sempre com o efeito-surpresa e usar recursos de
facilitação da expressão.
• carinhas de expressão
• Álbum de gravuras (recorte e colagem – exemplo na foto).
• figuras
• palavras-chave
• baralho de sentimentos
• cores
• símbolos
• verbal
Cuidar para que este momento tenha um tempo “ótimo” (nem muito longo e
nem muito pequeno).
III - PROCESSAMENTO: fase em que o profissional faz com que o
grupo avalie sua performance no jogo, fale sobre suas dificuldades e
facilidades, falhas e acertos. Este momento deve ser preparado
antecipadamente pelo o profissional, que poderá usar um dos instrumentos a
seguir:
• Questionários individuais ou em subgrupo
• Perguntas de “alta categoria” (aquelas que vão além do sim e não)
• Uso de recursos visuais (símbolos, figuras, cartazes, etc)
• Painel de apresentações
O painel poderá ser realizado em um palco simulado, onde os
representantes das equipes expõem as conclusões. Lembre-se: a
aprendizagem vivencial prevê que cada pessoa passe pela experiência e forme
seus conceitos. o profissional (conforme diz o próprio nome) não é a estrela.
Permita que o grupo brilhe e evite incluir-se com falas, palestras ou exposição
de suas percepções. Este é o momento onde o profissional fica à margem das
discussões. 6
IV - GENERALIZAÇÃO: até agora, as discussões estão ancoradas na fantasia
do jogo, no lúdico, no que aconteceu no aqui-e-agora. Quando entramos na
fase de generalização, devemos puxar as pessoas para sua realidade e:
• Estimular as analogias.
• Usar o material produzido pelo grupo para comparações com a
realidade.
• Pedir que estabeleçam “semelhanças e divergências” do que ocorreu no
jogo e o que ocorre no cotidiano.
Esta fase é a mais importante do CAV, pois faz com que as pessoas
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entendam os motivos daquela atividade tão lúdica e que, aparentemente, não
tinha nada a ver com o trabalho ou a função de cada um. Somente se esta fase
for bem trabalhada, o profissional obterá um diagnóstico da realidade do grupo.
O que fazer com este diagnóstico em mãos?
V - APLICAÇÃO: de posse do diagnóstico do grupo, que revelou na
fase anterior as semelhanças e diferenças com seu cotidiano, o profissional
estimula as pessoas a investir na promoção de mudanças e melhorias aonde
“as coisas não vão bem”. É neste momento que vamos obter o
comprometimento do grupo através de instrumento formal.
Alguns exemplos:
• Projeto Padrinho ou Anjo-da-Guarda (ao final do seminário, os planos de
mudança elaborados pelos participantes são trocados. Cada um elege
um anjo-da-guarda que, mensalmente enviará uma cópia ao colega com
palavras de incentivo, durante seis meses).
• Plano de Metas Individual ou Plano de Melhorias (setorial)
• Plano de Mudança ou Planos de Estudo
• Contrato psicológico (onde o participante se compromete, por escrito,
com mudanças pessoais).
• Outros
POSTURA DO PROFISSIONAL NO PAINEL DE
CAV
• Manter-se tranqüilo durante as exposições dos treinandos.
• Ouvir com atenção.
• Seguir as etapas do CAV com flexibilidade. Por exemplo, se alguém
começar a processar na hora do relato, deixar o participante ‘à vontade
e, na primeira oportunidade, retornar ao relato de sentimentos.
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RESUMO:
CAV - CICLO DA APRENDIZAGEM VIVENCIAL
Vivência: jogo ou atividade vivencial pura
Relato: fase dos sentimentos
Processamento: fase da avaliação de performance
Generalização: fase das analogias e comparações coma a realidade
Aplicação: fase do compromisso com melhorias 7
• Evitar concluir pelo grupo. Deixar que todos falem e, somente se no
final, alguma coisa importante passou em branco, o facilitador faz um
breve comentário.
• Preparar roteiros e cartazes com antecedência, de forma a Ter sua total
atenção voltada para o grupo.
• Realizar os painéis sempre em círculo ou semicírculo.
• Sentar-se no círculo, junto com os participantes.
• Preparar fechamentos sobre o tema central da vivência. Se possível
usar transparências ou flip-chart para melhor fixação.
• Os fechamentos devem ser breves (máximo 15 minutos) e marcantes.
Leitura recomendada:
Jogos de Empresa - Maria Rita Gramigna - Editora Pearson – 2ª. Edição
2007.
Jogos de Empresa e Técnicas Vivenciais - Maria Rita Gramigna - Editora
Pearson – 2ª. Edição 2007
Achei ótimo o CAV, aplico algumas destas fases em treinamentos para profissionais da educação, agora vou melhorar a minha prática com mais estas informações. Obrigado!!!
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